Geração Z e Millennials têm maior engajamento na igreja que as gerações anteriores, aponta estudo

 Uma pesquisa recente do Barna Group, intitulada “State of the Church”, revelou que membros da Geração Z (nascidos a partir de 1997) e Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) são os que apresentam os maiores índices de frequência a serviços religiosos nos Estados Unidos.

Imagem: Pixabay

O estudo, realizado com 5.580 americanos entre janeiro e julho de 2025, destaca uma mudança significativa no comportamento das gerações em relação à participação congregacional.

Os dados indicam que a Geração Z frequenta cultos, em média, 1,9 fins de semana por mês, enquanto os Millennials participam 1,8 vezes ao mês. Esses números representam quase o dobro das taxas observadas cinco anos atrás, superando a média de frequência de todas as outras gerações.

Em comparação, a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) registra 1,6 fins de semana por mês, enquanto Boomers (1946-1964) e a geração anterior (nascidos antes de 1946) apresentam uma média de 1,4.

Daniel Copeland, Vice-Presidente de Pesquisa do Barna Group, comentou os resultados: “O fato de os jovens estarem aparecendo com mais frequência do que antes não é uma tendência típica. Normalmente são os adultos mais velhos os frequentadores mais leais da igreja. Esses dados representam boas notícias para os líderes da igreja e aumentam o quadro de que a renovação espiritual está moldando a Geração Z e a Geração Y hoje.”

Embora o aumento na frequência entre os mais jovens seja um bom sinal, a frequência geral ainda é moderada. Copeland acrescentou: “Entre todos os adultos da igreja, descobrimos que eles frequentam, em média, 1,6 vezes por mês, ou cerca de dois em cada cinco fins de semana.” Esta frequência irregular representa um desafio logístico e pastoral para as congregações.

O estudo também apontou uma queda acentuada na participação das gerações mais velhas nos últimos 25 anos. David Kinnaman, CEO do Barna Group, observou: “A queda significativa entre as gerações mais velhas mostra que o tecido da vida congregacional está mudando. Está mais desgastado e menos estável do que há uma década.”

Além disso, os pesquisadores ressaltam que o aumento na frequência não necessariamente se traduz em um discipulado profundo. Kinnaman afirmou: “Nossa pesquisa mostra claramente que ir à igreja por si só não cria discípulos dedicados. Mesmo com a crescente participação das gerações mais jovens, ainda há o desafio de moldar corações e mentes para viver sua fé além da participação na igreja.”

Para engajar essas gerações de forma mais profunda, o estudo sugere o uso de orientação espiritual, discipulado relacional, pequenos grupos e ferramentas digitais.

“As igrejas que oferecem conexão relacional e pertencimento autêntico podem nutrir esse interesse renovado na profundidade da fé”, concluiu Kinnaman. A pesquisa sugere que aplicativos de igreja, recursos online e interações digitais podem complementar a experiência presencial e ajudar a preencher as lacunas entre os cultos.

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