Missionária sul-coreana revela como o comunismo alterou a vida religiosa na Coreia do Norte e faz alerta ao Brasil

 Em uma ministração impactante na sede da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), no Rio de Janeiro, a missionária sul-coreana Gina Yon Hi Son compartilhou sua visão sobre a ascensão do comunismo na Coreia do Norte e o impacto devastador que ele teve na sociedade e na igreja cristã local. Durante o evento, a missionária alertou sobre os perigos do totalitarismo e fez um comparativo com a situação atual de alguns países, incluindo o Brasil.


O passado da Coreia do Norte: um centro de avivamento

Gina Yon Hi Son começou sua fala contextualizando a história religiosa da Coreia do Norte, antes da divisão da península. Ela revelou que, na época em que a Coreia estava unificada, o norte era a região mais avivada em termos religiosos, com grandes igrejas e líderes evangélicos de destaque. Para ela, o regime comunista atual não é um acidente, mas uma estratégia bem planejada:

“Vocês conhecem o ditador norte-coreano atual, o Kim [Jong-Un], o gordinho? O avô dele foi pioneiro a trazer o comunismo para a Coreia. Naquela época, a região mais avivada era o norte, com grandes igrejas e pastores famosos”, explicou a missionária.

A promessa de liberdade religiosa que virou cilada

Ela compartilhou uma história intrigante sobre os primeiros passos do comunismo na Coreia do Norte, onde líderes religiosos foram enganados com promessas de liberdade de culto, desde que não se intrometessem nas questões políticas.

“Os pastores receberam a promessa de que poderiam continuar pregando suas igrejas desde que não se envolvessem na política. Mas essa foi a cilada. O avô do Kim foi esperto e procurou os líderes religiosos, dizendo: ‘Vou trazer a ideologia nova, o comunismo, que não vai ter ricos ou pobres, todos viverão bem. Mas, desde que você me ajude nas palestras e me acompanhe, vou deixar a igreja livre. Mas, nunca interfiram na política’”, contou Gina.

A tragédia do comunismo: perseguição religiosa e a morte das igrejas

No entanto, o que se seguiu foi uma tragédia para a igreja no norte da península. Com o final da Guerra da Coreia e a separação entre o norte comunista e o sul capitalista, o regime de Kim Il-Sung no norte começou uma operação de eliminação da igreja. “Quando a guerra terminou, o norte optou pelo comunismo. O primeiro ato de Kim Il-Sung foi fuzilar todas as igrejas e todos os pastores cristãos. Ele destruiu a liberdade religiosa de forma brutal”, relatou Gina.

Ela também advertiu sobre o erro de separar política e religião, um erro que, segundo ela, é feito repetidamente por líderes religiosos ao longo da história:

“Nunca deixe a política somente para os políticos, a igreja tem autoridade espiritual sobre a nação. Os pastores acreditaram nas promessas, mas logo após a guerra, o comunismo foi implantado e a liberdade religiosa foi completamente destruída”, disse.

O alerta global: Venezuela e Brasil em risco

Gina também relatou que experiências semelhantes aconteceram em outros países. Ao compartilhar sua história em outro evento, ela recebeu testemunhos de venezuelanos que se identificaram com o que ela havia vivido na Coreia do Norte:

“Quando contei essa história em outra palestra, alguns venezuelanos vieram até mim e disseram: ‘Gina, isso foi exatamente o que aconteceu na Venezuela’”, contou ela, evidenciando os riscos de regimes que buscam silenciar as vozes dissidentes e controlar a religião.

O alerta de Gina Yon Hi Son, com base em sua vivência pessoal e nas trágicas histórias de países como Venezuela e Coreia do Norte, é claro: a igreja não pode se acomodar e deve estar vigilante contra regimes que buscam retirar a liberdade religiosa e impor uma agenda totalitária. Para ela, a liberdade de culto é um direito fundamental, e a igreja deve manter seu papel de luta e resistência contra qualquer tentativa de cerceamento da liberdade de fé.

Essa fala de Gina Yon Hi Son serve como alerta não apenas para a Coreia do Norte, mas para todos os países, incluindo o Brasil, onde as liberdades religiosas e a autonomia da igreja podem ser ameaçadas por políticas que busquem interferir nos assuntos espirituais e sociais.


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