Supernanny faz alerta: "Autoridade se conquista com amor e limites"

Na era dos dilemas parentais modernos, onde afeto e autoridade muitas vezes caminham em linhas tênues, a figura de Cris Poli — a conhecida “Supernanny” — volta a ganhar destaque ao reafirmar a importância de ensinar limites às crianças. Para ela, o verdadeiro desafio das famílias, especialmente as cristãs, não é apenas impor regras, mas formar o caráter dos filhos com base em amor, firmeza e valores bíblicos.

"Os pais são, sim, autoridade na vida dos filhos. Mas essa autoridade não deve ser imposta com rigidez ou pela força. Ela precisa ser conquistada com amor e limites bem definidos", afirma a educadora, que atualmente atua como coordenadora pedagógica da Escola do Futuro Brasil.

Mais ações, menos discursos

Segundo Cris Poli, a educação no lar vai muito além de palavras. O exemplo vivido diariamente dentro de casa tem impacto profundo na formação moral e espiritual das crianças. “Os filhos observam tudo. Eles aprendem mais com o que veem do que com o que ouvem. O exemplo arrasta”, pontua.

Essa percepção é respaldada por estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria, que apontam: crianças expostas a comportamentos coerentes dos pais tendem a reproduzir essas atitudes na vida adulta. A consistência entre o que se diz e o que se faz é, portanto, um alicerce para a construção de relacionamentos saudáveis.

Autoridade não é autoritarismo

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, intitulado Autoridade X Autoritarismo, Cris Poli sintetiza a diferença entre liderar com autoridade e agir com imposição. “Autoridade é algo que se exerce com coerência e que as crianças reconhecem naturalmente. Não precisa gritar. Ela é conquistada”, explica.

Para a educadora, o amor não anula a disciplina — ele a torna possível. “O amor que educa não é permissivo. Ele anda lado a lado com responsabilidade e firmeza. É esse equilíbrio que gera filhos obedientes e, mais do que isso, filhos que honram seus pais.”

A base está nas Escrituras

Cris também ressalta que a autoridade cristã precisa estar fundamentada em princípios bíblicos, e não em decisões arbitrárias ou guiadas pelo humor dos pais. “A autoridade deve refletir valores imutáveis e estar alinhada com o propósito eterno de educar no temor do Senhor”, afirma.

Textos como Deuteronômio 6:6-7 são citados como guias práticos para a vivência familiar: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos e delas falarás...”.

Educar é um exercício diário

O lar, segundo Cris, deve ser o principal ambiente de ensino — não só pela palavra, mas pelas atitudes. “Os pais ensinam vivendo, praticando, conversando, aproveitando até os momentos de correção para exemplificar os princípios da fé.”

Nesse contexto, os cultos domésticos ganham papel essencial. Eles funcionam como espaços de conexão, reflexão e aprendizado espiritual contínuo. Mas, mais do que um ritual, a vivência da fé deve estar presente nas pequenas interações do cotidiano.

A missão de formar com firmeza e ternura

Especialistas e líderes religiosos concordam: criar filhos com equilíbrio entre autoridade e afeto exige vigilância constante. Para Cris Poli, liderar com firmeza não significa suprimir o diálogo, e sim conduzir com humildade, respeito e coerência.

“É preciso ensinar com o coração, guiando os filhos no caminho certo. E isso é um trabalho que exige entrega e fé”, conclui.

O lembrete final vem das Escrituras, em Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.”

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